quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

História parte 9



Capitulo Dez

-Me desculpa, Emma.Esqueci que você não é como as meninas do time de futebol – disse Roy encostado no meu armário.
-Me comparar com elas é ridículo Roy, até para você.
-Por favor não me culpe.Eu achei que estávamos numa boa.
-Estamos – respirei fundo de dizer.
Ele sorriu.
-Mas porque esperou uma semana para me pedir desculpas?
-Não sei.
-Meninos – suspirei.
-E então, para você me perdoar porque não vamos até a festa que vai ter hoje a noite?
-Festa?Que festa?
-Você sabe, minha irmã te deu um convite ela me disse.
-Então eu te pego, as oito.

Fiz que sim com a cabeça, não tive coragem de contar para ele que eu tinha dado meus convites para a Lucy.
Me sentei ao lado dela no lanche.

-Então Lucy, você vai a festa hoje?
-Claro você acha que eu perderia – nessa hora ela esgotou minhas expectativas de pegar o convite de volta.
            -Vai com  o Adam? – eu estava incomoda, e isso me surpreendia.
-Não.Ele é areia demais para meu caminhãozinho.
-Sério? Você sempre diz que ao contraio.
-Ele está saindo com uma tal de Verônica.

Não era uma tal de Verônica, era Verônica Okada.A menina mais popular e bonita de todo o terceiro ano, ela era descendente de japonesa, mas era uma morena de cabelos castanhos, com corpo de modelo da play boy.

-Vou Solta e desimpedida, tem muito empreendedores, quem sabe  não descolo um rico para mim.E dizem que vão uns modelos, para marcar presença.
-Sério que legal.
-Não vejo a hora de chegar  a noite.
Tivemos uma prova surpresa de matemática na ultima aula, sei que levei bomba, não estava pronta.Na verdade não me sentia pronta para nenhuma matéria.Na minha cabeça estava martelando como eu ia conseguir um convite para a festa.
Fui para casa pensando no assunto. Resolvi pedir a Adam, não sei se ele podia me dar um convite, mas com certeza ele permitiria que eu fosse a casa dele.
Chegando na praia, havia caminhões estacionados na rua e movimentação.Adam estava parado na porta conversando com dois homens de preto.
-Adam – gritei, acenei  com  mão.E ele veio até a mim.
- O que foi?
-Preciso de um favor.
-Sério Emma. Vou começar a cobrar, já sou seu motorista o que mais quer de mim? – ele colocou a mão na cintura, parecia estar cansado.
-Eu sei, desculpa. Mas eu preciso de um favor.
-O que quer? – pela primeira vez fazia bastante sol na praia da Colina.
-Pode deixar eu vir na festa?
-Sério?Não é bem a sua cara.
-A Pri me deu um convite, então eu dei para a Lucy porque eu não queria mais aí o Roy me chamou e eu não pude dizer que tinha dado o convite.
-A sei , o Loiro.
-Qual é o problema.
-Não gosto dele.Ele trata as meninas como mercadoria, ta sempre com uma nova – me senti insultada com isso.
-Não muito diferente de você, ou já se livrou da Verônica.
-Como sabe da Verônica? – ele riu.
-Só me diga, se vai me ajudar.
-Não precisa de permissão para vir a minha casa Emma.
-Mas e o seguranças? – perguntei olhando para os caras de preto na porta da casa dele.
-Diga seu nome.Eu vou dizer a eles que você pode entrar.
-Sério? Aaah – o abracei, mas o soltei logo.As coisas tinham ficado estranhas entre agente desde o outro dia.

Corri para casa, me joguei no sofá.Mamãe me chamou para comer, mas eu estava sem fome.
-Filha, você tem que comer.Nem me lembro quando foi que almoçou pela ultima vez.Não te vejo mais comer, vai ficar desnutrida.
-Não exagera mãe.
-Não é exagero.
Vi a oportunidade perfeita para falar da festa para ela, e até porque eu não tinha nenhuma roupa para ir.
-Mãe, eu preciso de um vestido seu emprestado.
-Por quê? – ela estava guardando a comida na geladeira.
-Vai ter uma festa hoje, na Colina. E eu vou, preciso de uma roupa.E acho que jeans não vai ficar legal.
-A festa que está dando na TV?
-É, essa mesma.
-Que legal filha, eu soube que só gente influente é convidada.
-Tenho amigos ricos – brinquei.
-Pode pegar no meu guarda-roupa. Porque não pega o rosa, vai ficar lindo em você.
-Não gosto de rosa.
-Tem o pretinho também, eu não usei ainda então...

Sorri para mamãe. Ela deve ter gostado muito por eu ir a uma festa, porque ela odiava me emprestar roupas novas. O vestido ficou bonito, mais era mega curto, olhei no relógio. Fio correndo para o banho, se não perderia o horário. Depois do banho o vesti e coloquei um salto, mas na porta do quarto fui impedida por Bem.
-Aonde vai?
-Festa.
-Ei, hoje sexta a noite você vai uma festa e eu vou ficar em casa?Acho que trocamos de corpo.
-Hahaha.Não sei que graça – tentei passar mais ele não deixou.
-Vai com o cara ali da frente?
-Como sabe do Roy.
-Estudamos na mesma escola Emma, as noticias correm.
-E daí – perguntei furiosa.
-O cara mais popular, capitão do time de futebol e minha irmã chata juntos?Não combina.
-Não perguntei o que você acha.
-Posso ir?
-ONDE? – me exaltei.
-A festa.
-Precisa de convite, não pode simplesmente entrar, Bem!
-Mas não é o Luau que está noticiando na TV? – ele encostou-se à minha porta.
-É.Mas isso não muda nada.
-Muda sim, é na casa do Adam.É só pedir para ele  - Parece que Bem teve a mesma idéia afinal – vocês não são amigos?
-Bem – respirei fundo –Tem dois minutos para trocar de roupa, e não vai abrir o bico na frente do Roy.
-Ok!

Ele correu para o quarto e em ter minutos saiu pronto, fico impressionada como um homem não precisa mais que cinco minutos para estar impecável.
            Descemos as escadas, papai dormindo no sofá.Fomos para entrada de casa, batemos de frente com Roy.
            -Eu estava esperando, mas aí você demorou então...
            -Foi mal, é que sabe meu irmão sem graça quer ir.
            -E aí? – perguntou Bem, super na cara de pal.
            -Como consegui convite? – perguntou Roy indagado enquanto decidimos o morro.
            -Não preciso – disse Bem tranqüilo.
            -Não precisa?
            -Não vamos nos precipitar Bem.
           
Havia uma fila enorme, e um tapete vermelho estendido na areia.O lugar estava um luxo, mais do que já era normalmente.Tive medo de Adam ter esquecido de falar com os seguranças e que eu fosse barrada.E então chegou nossa vez.
            -Convites – disse um dos caras.Roy entregou o convite dele.
            -Estive aqui hoje de manha – disse, eu estava nervosa.
            -Sim, claro.Emma, não é? – ele olhou em sua lista – E me entregou um convite.
            -Convite – disse ele para Bem.
            -Olha, como se chama – disse me intrometendo.
            -Roger.
            -Roger, ele é meu irmão.Ele pode entrar.
            -Sem convite não entra.
-Por favor.
-Sem convite não entra.
Então pensei em uma solução, fiquei surpresa como fui rápida.Entreguei meu convite para Bem.Ele e Roy se olharam confusos.
-Adam disse que eu não preciso de previsão para entrar na casa dele, então eu não estou vindo para a festa, só passei e resolvi dizer um oi para ele.
-Espertinha, mas é bom se comportar – disse Roger liberando a passagem.

Me sentia realmente espertinha.Entramos,logo na entrada avistei um homem que eu parecia ser o ator da novela das sete, na verdade era realmente ele.Fomos para a varanda, lá haviam poucas pessoas.
-Tem bastante gente aqui – disse Roy se apoiando na parede.
-É, tomara que os jornalistas não filmem aqui.Seria um mico.
-Ía ser bem legal, aí o país inteiro ia saber quem é minha namorada.
-Sério – brinquei – Eu também quero saber quem é ela.
-Eu vou buscar alguma coisa pra beber, que alguma coisa.
-Se tiver coca- cola.
-Acho difícil, só deve ter vinho – ele se afastou – Não sai daqui.
-Claro.

Enquanto Roy pegava o vinho, fiquei lá perdida nos meus pensamentos. Se Roy já estava dizendo que eu era sua namorada, eu que não iria descordar, e ele nem imagina que nunca esperei por isso, nem nos meus melhores sonhos.

- Achei que estava com o Loiro – disse uma voz por trás de mim, me assustei tanto que tive que me segurar para não gritar.
-Que susto Adam.O que quer? – perguntei aborrecida.
-Clama, é assim que me agradece pelo convite?
-Desculpa, só que você me assustou.
-Eu vi o Bem lá dentro, como ele entrou?
-Dei meu convite para ele – me virei para o mar, era uma vista linda.
-E como você entrou?
-O Roger deixou.
-Sério?
-Sim, e foi fácil.
-E o loiro onde está?
-Não é loiro, é Roy.E pra sua informação é meu namorado.
-Não dura nem cinco dias.
-Obrigada, fico admirada com a sua confiança em mim.
-Não é você, sabe que eu não gosto...
Mas então Roy apareceu, fiquei aliviada de Adam não ter terminado a frase.
-Oi – disse Roy, ele segurava um dois copos de vinho.
-Roy esse é o Adam – apresentei um pouco envergonhada.
-Prazer – disse Adam, sabia que ele estava sendo sarcástico, podia ver claramente o que ele na verdade queria dizer.
-Prazer. Então é o dono da casa – Roy também não estava sendo nada amigável.
-Sou – ele deu um passo a frente e examinou Roy – Pra quem é esse outro copo, é  para Emma?
Mas antes que Roy pudesse dizer alguma coisa, Adam arrancou o copo da mão dele e atirou no mar.Varias pessoas da festa pararam e olharam, me senti envergonhada, meu rosto estava vermelho com certeza.
-Ela não bebe, idiota – Adam saiu da varanda.
Tive que segurar Roy pelo braço, sabia que uma briga começaria ali.Mas a minha força, e comparação com a de um homem, era totalmente irrelevante.Tanto que Roy partiu para cima de Bem, ele o agarrou pelo pescoço.
A briga tinha oficialmente começado, os fotógrafos já estavam apostos.Fiz o Maximo que podia para me esconder, não queria aparecer como o motivo de briga entre dois homens na maior festa executiva do estado.Roy havia dado um soco em Adam, que caiu no chão, mas ele devolveu com uma cotovelada no estomago e um soco no nariz.
Saí correndo da festa, era a ultima coisa que eu queria fazer, mas não tive escolha.Na verdade só queria matar Adam, porque ele tinha que fazer aquilo.
                                               *

Depois da festa de ontem, quer dizer desastre, entrei na internet para relaxar um pouco.Mas não deu muito certo, já que logo na pagina do e-mail, a principal noticia era ...
“Briga e pancadaria, na festa que reúne os maiores executivos do estado” saiba mais.
Depois dessa, apenas desliguei o computador e me joguei na cama.Novamente havia areia no chão do meu quarto, tive que varrer como da ultima vez, mas o pior de tudo é que eu não fazia idéia de onde aquela areia vinha.Mas eu estava de saco cheio de mais para me preocupar com isso.
Apesar de eu não estar falando muito com a Lucy, devido ela estar me excluindo de sua nova vida social, como popular, mas liguei para ela ,precisava de uma amiga.
-Alo? – sua voz estava rouca, imagino ser de ontem a noite.
-Lucy?
-Quem está falando? – quase chorei quando ela perguntou isso, como ela pode esquecer da minha voz.
-É Emma.
-Emma, oi.Olha pode me ligar outra hora, eu estou indo dar uma volta na cidade com a Milla e....alo?Emma, você está aí?
Quando ela disse Milla, meu coração bateu mais rápido.Tive que desligar o telefone.Tive medo de Milla fazer algo de ruim para Lucy, mas no fim das contas percebi que o problema dela era comigo.
Então para me distrair fui até o quarto de Bem, um pouco mais a frente no corredor. Entrei no quarto, e estava uma bagunça. Por isso sempre me refiro a Bem como meu irmãozinho, ele tinha quatorze anos e agia como um menino de seis, isso me irrita.
Ele estava falando no telefone, e com uma menina pelo visto.O pior de tudo era saber, que meu irmão mais novo tinha mais amigos e mais relacionamentos que eu.Ele não desligou o telefone ao meu ver, então me joguei na cama e esperei uns quinze minutos até ele terminar o papo.
-Quem era? – perguntei me ajustando na cama.
-Está muito curiosa.
-A palavra é entediada.
-Sofia, primeiro ano A.
-Primeiro ano?Sério mesmo.
-Porque a surpresa?Não sou nenhum tapado, e nem anti-social como você.
-Pois é – afundei meu rosto no travesseiro.
-Me largou sozinho ontem na festa – resmungou se deitando ao meu lado.
-Foi mal, fiquei um pouco distraída.
-Aposto que foi a culpada da briga – parece que meu irmãozinho sabia mais do que eu pensava.
-Talvez.
-Eu ia ganhar uma bolada, se entregasse para um repórter a causa da briga na festa do ano.
-Então porque não faz isso? – eu já não me importava mais com nada.
-Porque você ia ficar triste. E só eu posso fazer você ficar triste, ninguém mais tem esse direito.
-Então você está meio que apagado, muita pessoas me deixam triste. E não é de agora.
-E como começou a briga? – ele se virou, para ficar de frente para mim.
-Adam jogou o copo que Roy estava segurando no mar.
-Sério?Que irado.
-Bem – protestei – Adam me arranjou um problema que eu não precisava.
-Porque, o seu namoradinho vai ficar com ciúmes dele?
-É, mais ou menos isso.
-Se a minha opinião consta, eu gosto mais do Adam.
-Não interessa sua opinião Bem, o Roy é meu namorado. E o Adam mal meu amigo é, então fica quietinho.
-Então porque você vem falar comigo, sem nem ao menos que saber minha opinião.

Deixei Bem no quarto e fui para a cozinha, eu não estava com fome então apenas peguei um copo de água, estava apoiada da cozinha tomando água quando vi algo passar por de baixo da porta da frente.
Era um envelope, abri. Fiquei muito surpresa era uma carta do Roy.Era um pedido de desculpa na verdade, e ele estava marcando um encontro comigo na praia, a noite.Já que eu havia ido embora da festa antes mesmo do luau, nos teríamos o nosso próprio luau.
Assumo que fiquei um tanto animada.

                                               *

Olhei no relógio, oito e quinze da noite, foi nessa hora que chegou uma mensagem de Roy no celular falando para encontrar com ele na praia. Meus pais estavam no cinema, então nem precisei de uma desculpa para sair aquele horário.
Chegando à praia, havia uma cesta de piquenique na areia, e uma enorme toalha de mesa estendida, havia velas espalhadas. Estava tudo muito bonito e romântico.
Roy passou por trás de mim e tapou meus olhos.
-Adivinha que é?
-Até parece que eu não sei.
-Não estraga a surpresa – ele se sentou na areia, fiz o mesmo.
-Uvas? – perguntei olhando para a cesta cheia de uvas.
-Eu não sabia o que trazer.
-Tudo bem.
-Que tal nadarmos um pouco?
-Não, obrigada. Está escuro e eu odeio água.
-Por favor, Emma – eu não pude resistir a Roy pedindo, por favor, era tão lindo. Ele estava com uma bermuda branca e uma blusa verde escuro, seu cabelo estava penteado, mais ainda sim preferia ele todo bagunçado.

Entramos na água estava muito gelada, entrei de tênis e tudo, mas não me importei. Fomos para o fundo, mesmo contra a minha vontade. Roy me beijou, e foi a ultima coisa que eu me lembro de ter feito nesse dia.














Capitulo Onze

        Domingo, o dia mais entediante da semana para mim. Papai foi com Bem até um acampamento, provavelmente estavam pesquisando em qual acampamento passaríamos as próximas férias. Mamãe estava ocupada com os negócios do LAR como sempre, e eu fiquei em casa fazendo absolutamente nada.    
            São nesses dias que eu sinto falta de Lucy, mas não adiantava nada eu sentir falta dela, se ele mesmo, nem lembrava que eu existia. Fiquei me perguntando quando foi que deixei nossa amizade morrer, eu nem me lembro.
            Recebi uma ligação do papai, avisando que passaria na escola para entregar uns documentos que faltavam. Nem sei por que El me ligou, não faria diferença alguma. Deitei-me na cama e comecei a ler um livro, mas não estava com paciência para isso.
            Estava muito deprimida por não ter uma amiga, então apenas me deitei na cama e dormi.
           
            Papai chegou em casa lá pelas duas da tarde.E não parecia feliz, ele gritou meu nome assim que passou pela porta de casa, desci correndo para ver o que tinha ocorrido.
            -O que foi? O que aconteceu?
            -Emma, senta aí – ele parecia estar bravo.
            -Não tem nada para me dizer? – ele perguntou enquanto se sentava no sofá de frente para mim.
            Na verdade eu gostaria muito de saber do que ele estava falando. Tinham ocorrido tantas coisas desde que eu fiz dezesseis anos. Talvez ele estivesse falando da briga na festa, ou de eu estar namorando com Roy.
            -É sobre a praia ou a festa? – perguntei já nervosa.
            -Praia?Festa? – ele parecia surpreso – Do que está falando?
E então percebi a burrada que eu fiz, não devia ter dito nada. Agora teria mais o que explicar.
            -Nada, só estava.... Nada
            -Eu passei na casa da diretora para deixar os documentos do seu irmão, já que a secretaria não abre no domingo. E ela perguntou se nós tínhamos tido uma conversa construtiva sobre o incidente no começo do ano – ele estava muito nervoso – E eu descubro que minha filha briga na escola, leva um castigo, e ainda esconde o telegrama de aviso pais.
            -Pai eu...
            -E levou bomba em química, matemática e português.
            -Pai eu...
            -Não tem desculpa Emma, o que esta acontecendo?
            -Pai me deixa explicar...
            -Não tem que explicar nada, mas só vou dizer uma coisa... Eu não estou te reconhecendo Emma, brigas na escola, notas baixas, indo a festas saindo com garotos, até a Lucy sua melhor amiga sumiu daqui.
            -BEM! – gritei essa parte só o Bem sabia.
            -Me desculpe, ele me forçou a dizer. – Bem subiu para o quarto tentando fugir do assunto.
            -Pai eu não...
            -Pope seu esforço, vá para  o quarto.E só saia de La para ir a escola, e ao invés de dormir, que tal estudar?Você está precisando.

            Fui para o meu quarto, papai estava mesmo decepcionado, ele nunca tinha falado comigo assim antes. Mas ele não fez o esforço nem de meu ouvir.
            Eu realmente não tinha culpa de nada que estava acontecendo, esses cinco meses e vinte dias que se passaram desde o meu aniversario me deixaram louca, tanta coisa errada acontecendo. Minha festa deu errado, o Adam apareceu, eu briguei com a Pri, Roy começou a notar que eu existo, Lucy me largou de vez, Milla tentou me matar... Ele não podia jogar a culpa em mim, tinha que ouvir o meu lado.
            Pela manha eu não tomei café, não andava comendo ultimamente, e ainda mais depois de ontem, encarar papai no café seria a pior coisa do mundo.
            Fui para entrada de casa, esperei uns minutos, mas Adam não apareceu. Talvez ele estivesse com raiva de mim por causa da festa ou alguma coisa assim. Olhei para a casa de Roy, mas parecia estar vazia, então fui sozinha.
            Cheguei na escola uns dez minutos atrasada, mais ainda tinha bastante gente no corredor.Lucy veio correndo ao meu encontro, fiquei até animada estava com tanta saudades dela.
            -Emma, como você esta se sentindo? – ela parecia preocupada.
-Por quê? Estou muito bem – tentei disfarçar o fato da briga com o papai.
-Achei que nem vinha para a escola hoje.
-Eu sempre me atraso Lucy, qual é a novidade – por algum motivo o sinal ainda não tinha batido.
-Sei, mas ainda bem que está bem, achei que ficaria muito abalada.
-Porque eu ficaria abalada? – alguma coisa tinha acontecido e Lucy sabia.
-Não sabe o que aconteceu? – eu pude ver o horror nos olhos de Lu.
-O que aconteceu Lucy? – ela cerrou os lábios  – Lucy!O que aconteceu?
-Acharam o corpo dele, Emma.
-Corpo?Mas de quem? – ela estava horrorizada.

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