sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

História parte 11


Capitulo Doze

Não conseguiu dormir depois do que Pri tinha dito.O que ela queria dizer  e chamando de monstro, o que era esse conselho, como Roy tinha morrido, porque eu não me lembro de ter voltado para casa naquele dia,porque Milla tentava me matar, porque Priscila estava me acusando, será Adam estava relacionado a morte de Roy, será que eu havia matado Roy?                                                                                                                                         Cada vez que virava para o outro lado da cama uma nova pergunta surgia. Não tinha coragem de sair do meu quarto, tinha medo que minha família me perguntasse alguma coisa.                                                                        Eu sempre fiz tudo certo, nunca machuquei ninguém, nem com palavras. Mas agora eu sou uma acusada de assassinato, como as coisas podem mudar tanto de um dia para o outro?E o pior de tudo, eu não tinha a consciência limpa, porque não conseguia me lembrar da noite de sábado, e se eu tiver realmente culpa da morte de Roy...
Meus pensamentos foram desligados por um minuto quando alguém bateu na porta do meu quarto.
-Vai embora! – gritei.
-Desculpe – era Bem. Ele entrou.
-Disse para ir embora.
-Desculpe Emma, mas não vou. Como você esta? – ele se sentou do meu lado na cama.
-Mal, o que queria. Eu não matei ninguém, acha mesmo que eu mataria o Roy, não mato nem uma formiga.
-Eu sei mana, fica calma. Papai e mamãe também acreditam em você. Estão morrendo de raiva dos policiais por suspeitarem de você.
-Papai não, ele estava furioso comigo, devem estar pensando que eu me tornei a filha rebelde, que mato pessoas e me meto em brigas.
-Claro que não, agente confia em você Emma. Todos nós.
-Porque não diz isso para a policia.
-Porque eles não importam, mas você sim. Vai dar tudo certo.
-Pelo menos alguém acredita em mim.
Fomos para a sala um pouco, ligamos a TV e ficamos assistindo a novela com a mamãe, nunca ouve tanto silencio lá em casa. Me senti derrotada, sem energia, sem vida, feia por dentro e por fora, exatamente ao contrario do que Pri havia falado.                                                                                         No comercial começou passar o jornal informativo, e para minha surpresa todos já sabiam.Corpo de jovem morto é encontrado após seis horas de busca, segundo a policia o garoto foi assassinado, por enquanto não há suspeitos mas todas as provas apontam o suspeito como Emma Fox a garota estava....Papai  desligou a TV,me senti muito mal e subi correndo para o quarto.
Tudo no meu quarto me perturbava, tudo e todos estavam contra mim. Não me lembro que horas eu dormi. Só acordei no outro dia as cinco da manha. Era bem mais cedo do que de costume. Troquei de roupa e me sentei na varanda com a jarra de leite, pela primeira vez eu estava com fome, com muita fome, como se aquele baque tivesse me despertado de tanto tempo comendo apenas por obrigação.
Fiquei lá pensando na minha vida, o que era relativamente muito difícil. Peguei o notebook e uma caixa de rosquinhas, voltei para a varanda da entrada de casa e fiquei lá, comendo rosquinhas e derrubando farelo no computador. Resolvi procurar a tal Ordem, que Priscila havia dito.
Não encontrei nada muito eficiente, só coisas fictícias, filmes e bobagens. Então digitei A Ordem e coloquei o nome da minha cidade. Me suspendi ao aparecer uma informação útil.Então li.
“Ordem tem membros assassinados em 1995”.Foi a primeira noticia que eu achei.
“Nova ordem acha culpados por assassinatos”
“Nova ordem diz ninguém será perdoado”
“Membros da nova ordem têm sua identidade preservada”
Fiquei imaginando se aquilo significava a mesma coisa que Pri tinha me dito, temia que sim. Ela disse que eles me... Matariam. Pelo que eu li, as coisas estavam mesmo sérias para o meu lado. Fui até a geladeira e peguei mais duas garrafas de leite, eu estava muito nervosa. Voltei para minha cadeira e abri a garrafa, comecei a beber.
Ouvi uma buzina, era o carro de Adam, já estava na hora de eu ir para a escola, eu não queria ir, mas não tinha nada a fazer.
Joguei a mochila nas minhas costas, e fui. Levei minhas garrafas de leite, eu precisava relaxar, e de algum modo aquilo me relaxava.
-Bom dia – disse Adam. Acho que ele estava ficando louco, ele iria mesmo me dar um bom dia?
-Oi – disse curta e grossa.
-Parece que alguém acordou com o pé esquerdo hoje.
-Está falando sério mesmo?
-Sim, por quê? – como ele podia tentar fazer graça naquela situação.
-Não soube o que ouve?
-Claro que sim, mas não posso fazer nada, nem você então relaxa.
-Eles estão me acusando Adam – disse impaciente.
-Você tem culpa?
-Não!
-Então relaxa se não tem culpa não se preocupe – talvez ele estivesse certo, mais eu tinha medo de ter algo a ver com a morte de Roy.
O carro andava bem devagar, esse não era o estilo de Adam, mas não contestei. E então percebei que já havíamos passado da escola.
-Já passamos – disse rápida.
-De onde?
-Dá escola, é claro.
-E quem disse que vamos a escola? – ele só podia estar brincando.
-Aonde vamos?
-Ninguém pode te obrigar ir para escola, ainda mais quando se passa por uma situação dessas.

Me virei para o canto da janela, mesmo que Adam estivesse tentando ser gentil eu não conseguia mudar meu humor.Voltei a beber meu leite.O carro parou bem  longe, só havia vegetação e umas fazendas.
-Desce – ele abriu a porta do carro e saiu. Não me movi.
-Desce Emma – disse ele abrindo minha porta.
-Não – simplifiquei.
-Desce!
-Não quero! – mas não resolveu, porque ele me arrancou do carro a força e me levou no colo até uma porteira e me colocou em pé, como se fosse um boneco, estava morrendo de raiva.
-Pronto – disse indo para onde estava.
-Não faça isso de novo – ordenei.
-É claro.
-Você foi sarcástico? – tinha quase certeza.
-Claro que não.
-Foi sim e de novo – cruzei os braços.
-Vamos entrar? – ele apontou para a fazenda.
-Lá?Porque?
            -Porque sim – ele seguiu e atravessou o cercadinho.
            -É sua?
            -O que?
            -A fazenda, o que mais!
            -Sim, mas nunca venho aqui, praticamente fica só para o caseiro.
            -Gente rica- resmunguei.
            -O que disse?
            -Nada.
           
Seguimos por um caminho de madeira, tinha muitas e muitas arvores, e uma casa bem longe, ele não me faria andar até lá.Andamos um pouco e avistei uma casinha menor, na verdade um seleiro.
            -Gosta de cavalos?
            -Não sei – o celeiro era bem pequeno.
            -Temos quatro, Relâmpago, Sortuda, Esperto e Tokinho.
            -Tokinho?  - eu ri.
            -Eu tinha sete anos Emma, o que queria? – ele pegou duas celas, uma verde e outra azul- Qual vai querer?
            -Sortuda. Talvez ela me de um pouquinho da sorte dela.
            -Certo – ele colocou a cela na sortuda, que era uma linda égua, grande e branca, sua crina era clara muito bonita.
            -Vai com qual?
            -Esperto. Ele é um bom garoto – disse Adam afagando a cabeça do cavalo.
            -Não sabia que gostava de animais.
            -Porque acha que sabe alguma coisa de mim?
Subi no cavalo, Adam foi muito grosso dizendo isso para mim, mas na verdade ele tinha razão. O que eu sabia sobre ele?Que era rico, tinha uma casa linda, um pai ocupado, conhecia muitas pessoas, não parava com uma menina só, tinha mais de um carro – ainda não sei quantos – tinha uma fazenda, quatro cavalos e acho que só...
Ele saiu galopando.
-Não sei andar nessa coisa.
-É só andar, Emma. Não seja boba.
-Eu não sei e ponto!
-Então vai ficar aí! – ele dava voltas com o Esperto.
-Adam!  - gritei. Mais me arrependi de ter feito isso porque ele deu um tapa no enorme bumbum da Sortuda, que saiu correndo – Ah, como faz pra para essa coisa? – gritei.
-E porque você ia querer parar? – ele saiu galopando e me largou com a Sortuda sem freio, tive que me virar para fazer a égua desviar das árvores.
Depois de um tempo eu peguei jeito, e consegui andar com ela normalmente. Até disputei com Adam uma corrida até á arvore mais longe da propriedade é claro que eu não ganhei, mais foi bem divertido.
Descemos perto de uma arvore, e nos sentamos de baixo da sombra dela. Eu estava doida de tanto cavalgar.
-Da próxima eu ganho – disse confiante.
-Acho que não meu bem. Eu sempre ganho.
-Nem sempre, tem que ter algo que você não faça bem.
-Pode tentar – nos sentamos.
-Matérias escolares?
-Só tiro nota A.
-Culinária?
-Eu que faço as comidas da minha casa.
-Futebol?
-Medalha de ouro.
-Natação? – perguntei me sentando mais  ao lado dele.
-Sou um peixe.
-Corrida?
-Sabe que sou rápido, em cima do cavalo ou não.
-Desenho?
-Muito bem.
-Duvido – Adam não parecia ser o tipo de cara que ficava desenhando.
-Depois eu te provo. Quando eu estiver em um lugar que tenha lápis e papel.
-Eu tenho lápis e papel na minha mochila.
-Então vamos até ela e eu te provo.

Nos levantamos e fomos guardar os cavalos, depois fomos para o carro.Fechamos as portas e ligamos o ar, estava muito quente.Peguei meu caderno de artes, que estava completamente vazio, a não ser por uns rabiscos de Bem, e umas provocações.
-Começa – disse entregando o caderno e lápis para ele.
-O que devo desenhar? – no sentamos de frente par ao outro.
-Eu não sei, que tal uma vaca – ri.
-Estou falando sério.
-Sei lá, algo bonito – eu não sou nada criativa.
-Tudo bem.

Ele começou a rabiscar o papel, mas não me deixou ver, o que me deixou muito curiosa.Demorou uns vinte minutos, eu já estava bem entediada.
-Fecha os olhos – disse Adam enquanto coloca o lápis no painel do carro.
Fechei os olhos, e quando abri vi que ele tinha me desenhado. Estava tipo perfeito, mais fiquei com um pouco de raiva por ter me escolhido como motivo do desenho, aquilo me deixava....sei lá, envergonhada.
Depois disso voltamos para a “sociedade”, demorou uma meia hora. Paramos em uma rua que eu não conhecia, na verdade eu não conhecia muita coisa na cidade.
-O que vamos fazer? – saí do carro.
-Sorvete.
-Gosto de sorvete – na verdade acho que todo mundo gosta.
-Espere aqui.
-Porque não posso ir, é só um sorvete...

Mas ele só saiu andando, e como eu não conhecia nada ali preferi não arriscar, fiquei parada esperando. Em alguns minutos Adam voltou com dois potes enormes de sorvete.
-Eu nunca vou tomar isso tudo, seu exagerado – disse pegando o pote de sorvete que ele me entregava.
-Até parece, aposto que em quatro minutos esse já acabou.
-Ei, não gosto tanto assim de sorvete – dei a primeira colherada – Nossa, isso é bom – dei outra colherada – É muito bom!
-Eu sei, por isso trouxe o grande.
-Não parece só sorvete, o que mais tem aqui?
-Não sei, mas é bom não é?Então coma – ele começou a comer,  o meu já estava  na metade.
Depois fomos ao pear, tinha alguns turistas tirando fotos, então tomei muito cuidado para não ser pego por um flash deles. Mas Adam percebeu, e tirou uma câmera de dentro da mochila e começou a tirar fotos minhas, eu quase joguei a câmera na água, mais aí lembrei que eu teria que dar outra a ele, e aquela câmera estava fora do meu orçamento. Já era tarde então resolvemos voltar, o céu já estava escuro, como sempre acontecia por volta das seis.
-Não vai apagar aquelas fotos, não é? – perguntei angustiada enquanto abria a porta do carro, já estávamos em frente a minha casa.
-Claro que não – ele riu.
-Sabia – peguei na maçaneta para fechar a porta do carro.
-Emma – disse Adam – Ninguém esta dizendo que foi você. Boa noite- ele acelerou o carro e porta se fechou sozinha ao fazer a curva.







Capitulo Treze



No outro dia, fiquei pensando no que Adam tinha dito, mas não era exatamente verdade, ele até podia não me culpar, mas eu senti que os outros sim. Não tive muita coragem de pegar carona com Alam hoje, resolvi ir andando.
Não estava falando com meus pais a algum tempo, na verdade não havia o que falar com eles, e sei que tudo me levaria aquele assunto.Me senti mito mal ao passar pela casa de Roy, havia flores no capacho de entrada, os avós dele me fitaram através da janela, então atravessei a rua, para não ter de encará-los.Eles me culpavam eu sei.
Chegando na escola as meninas da equipe de torcida ensaiavam no gramado, ela pararam e inventaram um grito de guerra , que me fez arrepender de ter saído da cama.
- A-S-S-A-S-S-I-N-A! – Soletraram bem auto, e uns meninos que assassina ao treino, também começaram a cantar.
Não olhei para eles, eu precisava ser forte. Entrei na escola, estava bem cheia o sinal ainda não tinha batido e todos estavam no corredor. Abaixei a cabeça e segui em frente, tentei olha para minhas mãos o tempo inteiro, mas não consegui.
-Assassina – disse um menino que atravessou na minha frente.
Fui para meu armário, e fiquei mais triste ainda ao ver a enorme pichação que pegava o meu armário inteiro, ela dizia ASSASSINA.
Abri meu armário, fui o mais forte que pude, mais de dentro dele saiu milhares de papeis picotados, vermelhos. Peguei meu livro e fechei o armário, todos me assistiam, eu sei. Mas fui para a aula.
Sentei na ultima cadeira da sala, todos me encararam durante as aulas, até os professores. A turma se manteve quieta até o sinal do recreio, fiquei feliz quando o professor e todos deixaram a sala de aula.
Me levantei uns minutos depois, o refeitório estava barulhento como sempre, fiquei feliz de todos darem mais atenção a comida do que a mim.Passei perto da mesa da Priscila podia sentir seu olhar me cortando, mas ela tinha o direito, afinal eles eram irmãos.Peguei apenas uma maça, estava sem apetite para nada, fui até Lucy que se sentava com Lila no fundo do refeitório.
-Lucy – disse bem baixinho – Podemos ficar lá fora?
Lucy se levantou, Lila me encarava.
-Não Emma – disse ela bem séria – Não vou lá pra fora com você!
-Lucy, o que esta fazendo – disse bem baixo.
Lucy começou a falar bem alto, todos do refeitório nos encararam.
-Acha mesmo que eu vou lá pra fora com você?Porque está com medo, está arrependida? – ela subia na mesa, chamando mais atenção ainda – Vai me matar também?Afinal todos sabem que você é uma assassina.
Não pude conter as lagrimas quando ela disse isso, fiquei muito triste e decepcionada, Lucy a pessoa que sempre estava ao meu lado, tinha acabado de me chamara de ASSASSINA n frente da escola inteira. Passei correndo entre as mesas, mas fui atingida por caixinhas de leite, espaguete com molho, e tudo o que mais tinha no cardápio.
Passei pelos corredores e corri para o banheiro feminino, me tranquei em uma das cabines e fiquei por lá chorando. Me sentia fraca e humilhada.Esperei que as aulas acabassem e todos saíssem da escola para eu poder sair.
Me olhei no espelho, lavei o rosto, eliminando um pouco de molho do meu nariz.Eu estava horrível, suja e todos achavam que eu era assassina.Queria ter coragem para gritar para todo mundo a verdade, que eu não havia feito nada, que Roy tinha apenas se afogado, mas eu não me lembrava.Nunca tive minha consciência realmente limpa.
Passei pela porta da escola, não havia mais ninguém, a não ser por Adam que estava encostado no pé da escada.
-Não devia ter ido embora – perguntei, queria tanto que ninguém me visse assim.
-Não vi você saindo então resolvi esperar – desci os degraus e fui andando.
-O que está esperando para rir de mim? – ele veio andando também.
-Não brinco com coisa séria – na verdade ele sempre brincava com coisas sérias, mas não tinha forças para brigar.
-Vai me seguir até em casa? – perguntei angustiada.
-Sim, o carro está lavando.
-Que ótimo – falei com sarcasmo.
-Não devia deixar eles fazerem isso Emma.Não é coisa que devam brincar – ele retirou uma macarrão do meu cabelo.
-O que eu posso fazer, estou começando a me convencer que sou realmente uma assassina.
-Se fizer isso, ninguém vai confiar em você.
-Ninguém confia Adam, nem sei se você realmente confia em mim. Ou se esta fazendo isso para me humilhar ainda mais.
-Nunca faria isso Emma, é quase desumano.
-E o que DESUMANO significa para você? – estávamos chegando na nossa rua.
-Decepcionar as pessoas que amamos – ele parecia bem sério.
-Porque diz isso?
-Minha mãe – Adam já havia me dito que não tinha mãe, mas não tive coragem de perguntar o que havia acontecido, mas pelo jeito ele parecia muito chateado, então me calei.
-Chegamos – disse ele quebrando o silencio, estávamos na porta da minha casa.
-Vou entrar – encostei a mão na maçaneta – Adam, obrigado por confiar em mim. Acho que é o único.
-Não sou, pode ter certeza Emma.

Entrei em casa, papai e mamãe estavam na sala. Eles arregalaram os olhos ao me verem daquele modo, antes que eles pudessem falar alguma coisa, corri para meu quarto e tranquei a porta. Entrei no meu banheiro e tomei um banho bem demorado, queria me limpar, mas não importa quantos banhos eu tomasse nunca me limparia por dentro.
Eles bateram na porta tentando me convencer a abrir por umas horas. Mas desistiria pela noite, eu não dormiria não mesmo. Fui para a varanda do meu quarto, fiquei lá até amanhecer.

Já era hora de ir a escola, mas eu não iria voltar lá, nunca mais.Meus pais não contestaram minha idéia, até  porque eles queria me dar um tempo.



Meu dia se resumiu em assistir TV, comendo sorvete comprei um doze potes e me tranquei no quarto, não conseguia falar com ninguém da minha família, e não tinha mais a Lucy para conversar, de agora em diante era apenas eu e eu mesma. Quando meus pais foram trabalhar, desci até a cozinha e peguei um copo de água, estava com muita sede. Olhei pele janela, minha rua estava deserta, saí um pouco para respirar.
Me sentei o primeiro degrau, mas ouvi barulho de carros se aproximando então me virei e fui em direção a porta.De frente para  a minha casa pude ver, bem na nossa entrada estava pichado a seguinte frase “A CASA DA ASSASSINA” .Como uma marcação, me senti humilhada e a minha família aposto que se sentiram assim também, voltei para dentro de casa na mesma hora e bati a porta.
Pude ouvir o freio de alguns  carros, pararam  em frente a minha casa.Senti muito medo, poderiam fazer algo contra mim, e eu estava sozinha. Algo foi enfiado por debaixo da porta, e depois os carros partiram a toda velocidade.
Fui até a porta bem cautelosa. Um envelope, “PARA EMMA” dizia na frente. Abri o envelope na hora, àquela letra me parecia muito familiar.
Lí.
Tome cuidado sangue manchado, seu fim está próximo.
Não pude me manter calma o resto do dia, depois de ler aquilo. Deixei a carta em cima da mesa, com um bilhete para meus pais. Subi para meu quarto e tranquei a porta, agora eu tinha realmente um motivo para ficar lá.

Meus pais leram o bilhete, sei por que a noite eles bateram na minha porta, eu não abri é claro, mas eles disseram.
-Emma, os policiais estão aqui.Pode falar com eles, já mostramos os bilhetes, e as pichações, por favor Emma, fale com agente – fiquei muito triste, pude ouvir a melancolia na voz da mamãe, mas eu não abriria, não falaria com a policia.
Fui dormir. Já fazia duas semanas que eu estava ali no quarto, me sentia mal por ter que esperar minha família sair de casa para comer e respirara um pouco, se bem que desde a chegada da carta, eu preferia passar fome e me sufocar a acontecer algo pior.


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