sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

História parte 5


-Emma – gritou ele do outro lado da rua, ele a atravessou – Oi, bom dia.
            -Bom dia, vizinho – eu ri, mas foi de nervosismo.
            -Não vai para a escola? – eu não estava com a minha melhor roupa, só com minha calça nova e uma blusa lilás comum. Agora eu tinha que me lembrar de me arrumar melhor, já que viveria me encontrando com Roy.
            -Vou sim, estou dando um tempo.
            -Quer ir comigo, eu pego o ônibus logo na outra rua – der repente me arrependi amargamente de me oferecer para o Adam me dar carona.
            -Claro – me levantei torcendo para Adam atrasar mais um pouco.
            -A escola é pertinho daqui, o ônibus para bem em frente, é bem tranqüilo. Mas se ficar sentada aí na porta até essa hora não vai chegar a tempo.
            -Eu sei, só estava guardando meu celular e... Fazendo nada.
            -Claro – entramos no ônibus, ficamos em pé por três minutos e depois sentamos. E em vinte minutos paramos na porta da escola.
            -Então está pensando em se escrever em algo esse ano?
            -Atividades extras?
            -Sim – Roy usava uma calça social e uma blusa xadrez, seu cabelo loiro estava espetado, como sempre estava lindo.
            -Eu não sei, não sou muito boa nessas atividades que tem na escola.
            -Vou fazer futebol.
            -É fácil para você, é o capitão do time desde o pré.
            -Mas tem muitas opções, e alem do mais agora estamos no segundo ano e é obrigatório.
            -Infelizmente.
            -Gosta de artes? – ele era tão lindo tentando me  ajudar.
            -Não sou boa nisso – já havíamos entrado na escola, estávamos no pátio após os armários.
            -Informática?
            -Posso fazer isso em casa.
            -Natação?
            -Odeio, tanto quando um gato odeia água.
            -Economia domestica?
            -Não sirvo para dona de casa. Provavelmente meu marido vai ter que cozinhar, lavar passar e fazer massagem.
            -Sou bom em massagens – ele riu como se fosse uma piada. Sei que não teve a intenção, mas podia jurar que estava se oferecendo para preencher a vaga de futuro marido.
            -Eu vou indo, vou falar com a Lucy. Até mais tarde.
            -Até mais.

Fui até o armário de Lucy mais ela não estava lá, sentei do lado dele e esperei uns três minutos até que avistei Lucy vinda do fundo o corredor.
-Ei Emma, amiga chegou cedo? – Lucy usava um vestido rosa claro, e estava com suas plataformas, me fazendo sentir mais que uma tampinha.
-Não vai acreditar quem veio comigo conversando até a escola.
-Quem?
-Roy – disse empolgada.
-AAH, amiga não acredito – ela saltitava.
-Nem eu, e ele está até me ajudado a escolher uma atividade extra, ele é tão lindo quando fala, anda e respira.
-Eu acho que tem alguém apaixonada por aqui – ela cantarolou.
-E já faz mais de quatro anos, não é novidade Lucy.
-Talvez ele já tenha percebido que você é afim dele, e resolveu investir.
-É melhor não arriscar, às vezes ele só está tentando ser gentil.
-É melhor ir logo ao seu armário pegar seu material, a aula começa em cinco minutos.
-Claro, me encontra na sala então, eu vou lá pegar.
-Ok, pode deixar.

            Fiquei feliz por Adam ter faltado aula, e com raiva também porque se eu tivesse esperado por ele ia acabar na porta de casa o dia inteiro. E o ponto ágüe do meu dia foi ter conversado com Roy mais ou menos por uma meia hora.                                                                                            Lucy foi para casa comigo no fim das aulas, marcamos de ir dar um passei pelo bairro e depois ir à praia lá perto de casa.Chegando em casa, senti o cheirinho de batata frita logo que passei pela porta, fomo direto para a cozinha, fizemos nosso prato o almoço era batata frita e tofu.Não era a melhor combinação do mundo, mas mamãe estava de dieta e tínhamos que comer essa “coisa” em todas as refeições, e pela cara que Lucy fez ela também não parecia animada em comer Tofu no seu almoço.
Subimos para o meu quarto, fomo direto nos sentando na cama.
-Não acredito que você vai ter que comer essa coisa o ano inteiro.
-Acho que não, mamãe nunca termina uma dieta, talvez dure um mês ou dois.Mas vou comprar algumas coisas no super mercado para poder sobreviver.
-Ou você pode comer na minha casa.
-Sabe que eu não gosto de dar trabalho, mas obrigada pelo convite.
-Podíamos ir ao cinema hoje, soube que esta passando um filme mega legal.

-Sério?Qual é o nome?
-Eu não sei, mas se eu ver o cartaz acho que reconheço.
-Acho que tudo bem então.
-Oba!
            - Eu trouxe um vestido laranja,fica lindo na minha pele – disse Lucy já se aprontando para o cinema.
-Qualquer coisa fica bom em você Lu, eu que não tenho essa sorte.
-Fala sério Emma, você é linda. Se se arruma se direito não tinha para ninguém.
-Acho que não – peguei um jeans no meu guarda-roupa e uma blusa branca de manga comprida com dois botões na parte de cima.
            Coloquei a blusa e deixei os botões desabotoados, ficavam melhor assim. Coloquei meu tênis e joguei o cabelo de lado, eu já estava pronta mais sabia que ia ter que esperar Lucy passar todas as suas maquiagens, então me joguei na cama e esperei.
            -Já esta pronta? – perguntei vinte minutos depois.
            -Só vou passar o batom, você devia passar também.
            -Não fica bom em mim, prefiro assim.
            -Fala sério Emma, você é branca e ainda por cima coloca uma blusa branca e fala que esta chamando muito atenção.
            -Eu não disse...
            -Passa o batom e eu não demoro mais nem um segundo.
            -Então deixa eu passar isso logo.

Eu abri o batom e o passei, fui até o espelho conferir e o batom era mega vermelho, pensei em tirar na mesma hora mais Lucy me arrancou do quarto antes que eu pudesse tirara aquilo de mim.
Chegando ao cinema havia sete filmes em cartaz e Lucy não reconhecer o filme que queria ver, tínhamos um dilema, não sabíamos que filme ver.Então pensei em ascetismos A pior noite da sua vida, um filme de terror que tinha em cartaz mais Lucy queria ver O segredo de toda garota.            Travamos um batalha bem ali, eu não ia ver aquele filme mamão com açúcar e ela tinha medo do outro filme, então me arrependi amargamente de ir ao cinema.Acabamos que não vimos filme nenhum e nos sentamos na lanchonete do cinema para lanchar.
-Ainda não acredito que eu não vou poder O segredo de toda garota, esse filme é lindo Emma.
-Sei lindo.
-Melhor do que aquele terror fajuto, com sangue falso e aquelas loiras peitudas fugindo de um assassino de preto.
-Como quiser Lucy – voltei a comer minha pipoca com refrigerante ignorando o que Lucy dizia do filme.

Na saída do cinema avistei Priscila e seu novo namorado Tom, um idiota da faculdade, eles saiam do filme  que Lucy queria ver, queria rir dela por obrigar o garoto a ver aquilo, mas não estava no clima de arrumar confusão.                                                                                                                                 Me despedi de Lucy que ficou para assistir o seu filme na próxima seção, sai do cinema e peguei a rua treze que saía pertinho da minha casa,mas encontrei Priscila lá na rua treze, então pensei, maldita preguiça porque eu não peguei o caminho mais longo.
-Oi – eu tentei passar por ela sem dizer nada, mais ela foi logo dizendo “oi” pra mim.
-Oi, eu acho – eu nunca tinha certeza do que falar quando se tratava dela.
-Assistiu a que filme?
-Nenhum, e o que te interessa?
-É que eu te vi no cinema e pensei qual tipo de filme alguém como Emma pode querer ver – aquilo não tinha sido bem um insulto, mas eu ainda não entendia o que ela queria comigo.
-O que quer?
-Nada, só achei que poderia conversar com você.
-E o que te faz pensar isso? – ela estava encostada em um carro, provavelmente o dela.
-Nada, está certa, desculpe por te incomodar.

Aquilo era realmente estranho, Priscila nunca havia falado comigo em toda sua vida, e agora esta me tratando como uma amiga e me fazendo crer que seus sentimentos importavam.

-O que aconteceu? – sentia que ia me arrepender disso para sempre.
-Nada, só umas coisinhas que estão todos os foras do lugar.
-E porque não vai pedir ajuda para a Lize ou para a Liza.
-Elas não entendem disso. Só de sapatos e festas.
-E porque anda com elas? – na verdade eu sabia o motivo, ela era exatamente igual elas.
            -É assim que as coisas têm que ser.
            -Porque acha isso?
            -É a cadeia alimentar, cada um tem seu lugar. O meu é com elas.
           
            E nem precisou nem muito para começar a me arrepender de conversar com Pri.

            -O que aconteceu então? Deve ser algo sério, você me odeia e está falando comigo.
            -Eu não te odeio – ela meio que sorriu.
            -Não?Podia jurar que sim.
            -Só gosto de te irritar.
            -Eu percebi.
            -Mas você deixou bem claro que não quer brincadeira, quando quebrou meu nariz.
            -Desculpe por isso, mas você estava pedindo.
            -Às vezes eu exagero um pouco.
            -Um pouco, tudo bem – não era um pouco e sim MUITO, ela sempre pegava no meu pé e me humilhava desde a sexta série.
            -Decidi te deixar em paz, já que está cansada de mim.
            -Não estou cansada de você – é claro que eu estava, mais não ia dizer isso para a garota –Só que se você fosse assim sempre, talvez eu pudesse gostar mais de você.
            -Sério? – ela parecia animada com a idéia.
            -É – desencostei do carro dela e voltei a andar, acho que aquilo era o fim da conversa.
            -Eu não sou tão má Emma, nunca contei pro meu irmão que você gosta dele, apesar de saber.
            -Obrigada – acenei com a cabeça. Ela estava falando mesmo sério ou aquilo era só um plano para me humilhar de novo.

           




Capitulo sete

       
            Entrei no carro de Adam e bati a porta, ele estava cinco minutos atrasado, o que me deixou com raiva já que ontem ele nem havia aparecido.
            -Bom dia  - ele não tirou as mãos do volante e acelerou logo que entrei.
            -Oi – respondi emburrada.
            -O que foi Emma?
            -Está atrasado – joguei a bolsa no banco de trás.
            -Pega leve Emma, estou te dando carona.
            -Porque não veio ontem?
            -Eu tive problemas.
            -E eu fiquei esperando.
            -Não ficou não, eu vim até aqui avisá-la. Você já tinha ido.
            -Não queria que eu te esperasse a vida inteira, queria?

Viramos a esquina e estávamos no bairro da escola, faltava pouco para chegar lá.

-Você é muito chata garota da massa de bolo, sabia?
-Sabia. Agora estaciona logo – estávamos quase em frente a escola quando ele parou o carro e trancou as portas.
-Pronto chegamos – ele se virou na minha direção.
-Fala sério Adam, abre logo essa porta.
-Vou abrir, mas tenho uma condição.
-Fala logo – disse batendo no couro do banco.
-Repete o que eu dizer.
-Manda... - disse bem grossa.
-Obrigada...
-Obrigada – disse rabugenta.
-Adam...
-Adam...
-Por me trazer para a escola...
-Por me trazer para a escola...
-E... – disse ele debochado.
-Acaba logo com isso, o sinal já bateu – estávamos na porta da escola, pude ouvir o sinal bater mesmo dentro do carro.
-Diga.
-E...
-E sou uma ingrata resmungona que só pensa em mim mesma – disse ele rindo na minha cara.
-Eu não vou dizer isso – gritei.
-Então vai faltar aula hoje.
-E sou uma ingrata resmungona que só pensa em mim mesma.Posso ir agora?
-Claro que pode – ele destravou a porta do carro e saímos, adiantei o passo não queria me atrasar.

-Calma Emma, não vai reprovar se chegar atrasada um dia.

Entrei correndo na escola,Adam entrou logo atrás.Parei na porta da sala e o professor de biologia já estava lá dentro,me arrependi eternamente por vir de carona.O meu  professor era um cara extremamente chato e rigoroso, ele não perdoava atrasos.
-Com licença, senhor Oliver posso entrar? – odiava chegar atrasada, todos sempre me encaravam na porta, acho que é assim com todo mundo.
-Sabe que horas são senhorita Fox? – ele sempre dizia a mesma coisa.
-Me desculpe professor – disse Adam surgindo na porta também – A culpa foi minha.
-Está se responsabilizando pelo atrazo da senhorita Fox?Senhor...
-James.
-Senhor James? – perguntou o professor Oliver abaixando o óculo.
-Sim.
-Entrem, e não cheguem atrasados de novo, não quero parar a minha aula.

Sentei-me no fim da sala, ao lado de Lucy.  Me afundei  na cadeira até o fim da aula.Eu estava sem meu material de biologia, não teria coragem de pedir para eu ir ao armário buscar, então apenas torci para o Professor Oliver não perceber nada.
O sinal bateu e corri para meu armário, Lucy tentou me alcançar mais só conseguiu quando eu cheguei ao meu destino.
-Emma pode correr menos? – disse Lucy ofegante.
-Desculpe, tinha que pegar meu material. Está todo aqui, só estou com o caderno de matemática na bolsa.
-Você teve sorte de o professor não ver que estava sem o material, ele ia te mandar para fora. Chegar atrasada, parar a aula, dispersar a turma e ainda sem material. Ia ser um belo castigo.
-Eu sei.
-Achei tão fofo o gatinho ter levado a culpa por você – ela suspirou.
-O Adam?Fala sério Lucy a culpa foi dele, ele chegou atrasado e ainda me trancou no carro.
-Estava trancada no carro dele? – seu olhar era malicioso.
-Para Lucy, sabe que eu só tenho um objetivo.
-Então quer dizer quer ele está livre para mim.
-Como assim? – peguei livro e tranquei o meu armário.
-Posso investir então?
-Fala sério, no Adam? 
Claro.Eu não sei se você percebeu ele é bem popular por aqui, bonito e rico.O que mais é preciso.
Eu não pensava do mesmo modo que Lucy, mas ela estava certa.Nesse primeiro mês de aula Adam havia se tornado bem popular, mais do que muita gente se tornou em anos.                                                                   Era difícil entrar no banheiro feminino e ouvir algum nome alem do dele.Mas isso até que é bom, libera o caminho para o Roy, e sem ninguém babando em cima dele talvez eu tivesse alguma chance.

-Oi – ouvi uma voz surgir atrás de mim e Lucy.
-O que quer? – disse Lucy com a voz ríspida, me virei e era Priscila.
-Oi – disse normal.
-Estão bloqueando meu armário – Pri estava calma, assim como no outro dia na rua.
-Claro, vai pegar suas tralhas – Lucy saiu do corredor e me largou com Pri, ela a odiava ainda mais que eu.

Na verdade ela tinha motivo.Na sétima série Lucy se apaixonou por um menino chamado Daves.E então Pri contou para a escola inteira que ela gostava dele e ainda por cima começou a sair com o Davis.Luci ficou com muita raiva e declarou guerra contra ela.

-Tudo bem? – perguntei.
-Claro, porque não? – ela jogou um livro dentro do armário e  o trancou.
-Ok.
-Olha Emma, eu tenho uns convites para a festa da praia.
-Festa da praia?
-Fala sério você mora aqui, não sabe o que é isso?
Fiz que não com a cabeça, ela respirou funda e começou a falar.
-É uma mega festa, roupas de grife, celebridades locais e até nacionais. Comida cara, horas no salão.A maios festa da cidade,só para a elite  americana.
-Parece legal.
-É claro que é legal Emma, acontece todo ano na praia da Colina. Na mansão de praia dos Price, e tem um luau mega bacana em volta.
-Nunca fui a um luau – eu não precisava ter dito isso.
-Então toma, vai gostar – ela me entregou um convite, na verdade ela o colocou dentro da minha bolsa.
Olhei o outro convite na mão dela, e a data era bem longe.
-É daqui  quatro meses – disse impressionada.
-É uma festa muito disputada,meu convites já chegaram a mais de um mês.
-Porque está me dando isso?
-Pela nossa conversa do outro dia.
-Achei que aquilo não mudava nada.
Ela bateu a porta do armário com força.
-Pra mim muda.
Ela saiu e me deixou lá, sem entender nada. Aquilo queria dizer o que?Um tratado de paz.                                                                                                                      As aulas passaram bem até o resto do dia.A ultima aula foi livre, e como eu não tinha nada para fazer fui para casa.Chamei Lucy para ir até minha casa, mas ela não estava ocupada com lição de casa atrasada.
-Ei Emma, vamos até a praia dar uma volta.
-Eu não gosto muito de andar na praia – me joguei na minha cama.
-Anda Emma, por favor. Papai e mamãe saíram não tem nada para fazer.
-Saíram como assim?
Eu havia entrado em casa e nem tinha reparado que eles não estavam.
            -Papai deixou um bilhete na cozinha falando que eles iam dormir na casa do titio, ele estava passando mal alguma coisa assim.
            -Coitado do tio, eu achei que ela ia ficar bem depois de tanta terapia.
-Mas então...vamos a praia.
-Tudo bem, eu vou colocar um short.
-Ok, te espero  na porta.
 Peguei uma sandália de dedo, estava ventando um pouco, na praia devia estar frio.

-Que demora – reclamou Bem, se levantando do degrau.
-Sou uma menina Bem, não é só colocar uma bermuda qualquer.
-Tá, vamos logo.

Descemos o morro no fim da nossa rua, ele levava para uma rua principal e vazia, que saia na lateral da praia da Colina. Então me lembrei da festa que teria ali.                                                                                                                      A praia estava vazia, e ventava  não era um boa praia, a água era clara e brilhante,a areia tão branca e fria.
-Podia fazer um pouco de sol para variar.
-Praia com sol, só daqui a duas horas de carro Bem.
-Já fomos lá, no seu aniversario. Aquela praia é muito cheia.
-E essa aqui muito vazia.
            Descemos    uma escadinha que dava na areia da praia. Tirei a sandália e a deixei ali, ninguém roubaria um chinelo velho. Fomos andando na beira da água, a água molhou meus pés, estava fria, muito fria.                
            -Que frio – gaguejou Bem.        
            -Eu gosto mais assim.
            -É porque você é fria.
            -Idiota – o empurrei.
           
Continuamos andando, pudemos avistar bem longe lá no fim da praia uma casa,enorme,era uma mini mansão de praia, branca com enormes janelas de vidro.Parte dela ficava sobre a água, era incrível.Imaginei que ali seria a sede da festa  que Pri havia dito.
-Nossa, que casa – disse Bem se sentando na areia, agora já estávamos a poucos metros dela.
-É. Eu teria medo de dormir sabendo que parte da minha casa é na água.
-Tem vigas em baixo, Emma.
-Eu sei, mas mesmo assim. Não confio nessas coisas.
-Fala isso só porque você tem medo de água.
-Cala a boca – me sentei na areia também, e me deitei sem importar com a areia em meus cabelos.

-Como será que aquele cara sumiu?
-Do que você esta falando?
-O cara do noticiário, que passou ontem a noite.
-Eu não vi o noticiário ontem a noite.
Na verdade fazia um bom tempo que eu não via a TV.Muito menos o noticiário.
            -Um cara que estava velejando aqui na praia, ele sumiu e o corpo não foi encontrado até hoje.
-Eu disse, não confio no mar. Velejar, isso é para suicidas.
-Não é para suicidas,  para inteligentes talvez – disse uma voz de traz de mim e Bem,nos viramos para ver.

Continua...

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